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Aung San Suu Kyi: Os heróis não morreram - Republicação Especial

"Não é o poder que corrompe, mas o medo. O medo de perder o poder corrompe aqueles que o detém, o medo do flagelo do poder corrompe aqueles que estão sujeitos a ele." - Aung San Suu.





Aung San Suu Kyi é líder política e ativista birmanesa, premiada com o Nobel da Paz em 1991, líder da oposição ao regime ditatorial do país, ativista dos direitos humanos.

É filha de Aung San, o herói nacional da independência da Birmânia, que foi assassinado quando Suu Kyi tinha apenas dois anos de idade.

Depois de ter vivido em Londres, regressou ao seu país em 1988, por altura da morte da mãe. O seu retorno à Birmânia coincidiu com a eclosão de uma revolta popular espontânea contra vinte e seis anos de repressão política e de declínio econômico no país. Em pouco tempo, Suu Kyi tornou-se a líder do movimento de contestação ao regime militar.

Nesse ano de 1988, morreram dez mil pessoas em consequência das medidas de repressão adotadas pelo regime. Após o seu partido (a Liga Nacional para a Democracia) ter obtido uma vitória esmagadora nas eleições de 1990, Suu Kyi viu-se remetida a prisão domiciliar pela junta militar que governa o seu país. A Birmânia - denominada Myanmar, a partir de 18 de junho de 1989 - continuou a ser dirigida pelo general Ne Win num regime ditadorial, mas a luta pela democracia ganhava crescente visibilidade e apoio internacional.

Em 1990, Aung San Suu Kyi ganhou o prémio Sakharov de liberdade de pensamento, e em 1991 foi galardoada com o Prémio Nobel da Paz.

Em 1995, o regime militar decidiu levantar a pena de prisão domiciliária imposta à Prémio Nobel, como sinal de abertura democrática dirigido à comunidade internacional. Mas sua liberdade durou pouco. Dos últimos 20 anos, ela passou 15 em prisão domiciliar.

Em 2001, o grupo U2 fez uma canção em sua homenagem chamada Walk On.

Em 2008, Suu Kyi foi classificada como a 71ª mulher mais poderosa do mundo, pela revista Forbes. Em setembro do mesmo ano, seu estado de saúde suscitou preocupação. Ela estaria recusando a comida que lhe era fornecida pela junta militar. - Fonte Wikipedia.

Em Ago/09, quando estava prestes a ser libertada, foi condenada a mais 18 meses de prisão domiciliar, o que impedirá sua participação nas eleições de 2010.

...

O governo da Birmania por diversas vezes ofereceu sua liberdade com a condição de que saisse do país. Ela nunca concordou. Nestes anos de prisão ela não teve autorização sequer para ver seu marido e seus dois filhos. Seu marido faleceu de câncer em Mar/99. Nesta ocasião, foi autorizada a viajar, mas recusou com receio de ser impedida de voltar. Com a saúde debilitada, cumpre prisão em sua casa, contando apenas com alguns ajudantes cativos como ela. A casa está quase sem móveis, pois foram vendidos para pagar seu sustento. A estrutura está praticamente em ruinas e necessitando de reformas. Ela recusa a ajuda financeira do governo.

...

O que faz uma pequenina mulher como esta dizer NÃO por quase duas décadas? Que força move este espírito e faz com que resista à saudade, ao isolamento, às necessidades materiais, à debilitação física?

Suas convicções? O amor pelo seu povo? O repúdio à ditadura, à tortura, à corrupção, ao desrespeito pelos direitos humanos? A Ideologia?

O que faz com que mesmo fisicamente presa seja tão intensamente livre?

O que quer que seja que move Aung San Suu Kyi, é o que todos nós precisamos, para que também aprendamos a dizer NÃO.

...

Página Oficial de Aung San Suu Kyi aqui.

Vejam aqui texto do Ministro de Relações Exteriores da França sobre o tema, publicado no Herald Tribune em 13/06/2009.

Imagem daqui.





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ATUALIZAÇÃO EM 13/11/10

Escrevi este post há mais de um ano, em 30/08/09 e republico hoje com imenso orgulho e muita alegria em comemoração à libertação de Aung San Suu Kyi.

Imediatamente após o encerramento do regime de prisão domiciliar o Comitê do Nobel da Paz convidou-a para visitar Oslo onde não pode comparecer em 1991 para receber o prêmio Nobel da Paz.

Parabéns a Aung San Suu Kyi pela resistência e persistência durante estes 20 anos (!) de prisão domiciliar.

Hoje meu coração é mais leve e adormecerei feliz!

OS VERDADEIROS HERÓIS NÃO MORREM NUNCA !!!

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