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Árvore

Quem sou

Olá, Seja bem vindo ao meu blog. :D Sou Neiva Dias, mulher, mineira de nascimento, Natal de coração e paulista por contigências da vida. Vivo com meus dois filhos. Já tivemos um cachorro, mas agora vivendo em apartamento não dá. Pago minhas próprias contas e considero-me tão livre quanto é possível ser em nossa sociedade moderna. Para pagar estas contas e esta liberdade, quase morro de tanto trabalhar em minha lavanderia, todos os dias. rsrs À noite, quando chego em casa, venho para cá, para A Itinerante, visito meus amigos, papeio, fantasio e a vida transcorre de alguma forma mais suave com esta válvula de escape, lazer e interação. Você pode querer saber: por que este nome "A Itinerante"? Porque meus interesses são vários e não quero ficar atrelada à um especificamente. Reservo-me o direito de mudar de direção. Desta forma, este blog já foi de variedades, depois foi de arte, mais recentemente resolvi escrever e postei 50 capítulos de um romance chamado Adriel. Tenho uma ima

Ouvir Estrelas

- Ora (direis) ouvir estrelas! Certo, Perdeste o senso! E eu vos direi, no entanto, Que, para ouví-las, muita vez desperto E abro a janela, pálido de espanto. E conversamos longo tempo, enquanto A Via Láctea, como um pálio aberto, Cintila. E, ao vir o sol, saudoso e em pranto, Ainda as procuro pelo céu deserto. Direis agora: - Tresloucado amigo! Que conversas com elas? Que sentido Tem o que dizem quando estão contigo? E eu vos direi: - Amai para entendê-las, Pois só quem ama pode ter ouvido Capaz de ouvir e de entender estrelas! Autor: Olavo Bilac.

Saudade - Florbela Espanca

Belos amores perdidos, Muito fiz eu com perder-vos; Deixar-vos, sim: esquecervos Fora demais, não o fiz. Tudo se arranca do seio, — Amor, desejo, esperança... Só não se arranca a lembrança De quando se foi feliz. Roseira cheia de rosas, Roseira cheia de espinhos, Que eu deixei pelos caminhos, Aberta em flor, e parti: Por me não perder, perdi-te: Mas mal posso assegurar-me, — Com te perder e ganhar-me, Se ganhei, ou se perdi...

Primavera - Cecília Meirelles

A primavera chegará, mesmo que ninguém mais saiba seu nome, nem acredite no calendário, nem possua jardim para recebê-la. A inclinação do sol vai marcando outras sombras; e os habitantes da mata, essas criaturas naturais que ainda circulam pelo ar e pelo chão, começam a preparar sua vida para a primavera que chega. Finos clarins que não ouvimos devem soar por dentro da terra, nesse mundo confidencial das raízes, — e arautos sutis acordarão as cores e os perfumes e a alegria de nascer, no espírito das flores. Há bosques de rododendros que eram verdes e já estão todos cor-de-rosa, como os palácios de Jeipur. Vozes novas de passarinhos começam a ensaiar as árias tradicionais de sua nação. Pequenas borboletas brancas e amarelas apressam-se pelos ares, — e certamente conversam: mas tão baixinho que não se entende. Oh! Pri